REVISTA UNESUM-Ciencias Volumen 7, Número 2, 2023
tar o fundo com a intenção de obter areia
acaba tendo mais suspensão, podendo ser
uma das possíveis causas da mudança.
Todos os pontos e meses para o parâme-
tro de oxigênio dissolvido estão dentro da
normalidade. Mesmo assim, vale ressaltar
que o oxigênio é de grande importância
para manutenção do processo metabólico,
portanto um dos fatores que pode diminuir
o oxigênio da água é o descarte indevido
de matéria orgânica; criando microrganis-
mos aeróbicos. Enfatizando que, segundo
a resolução do CONAMA (2005), para que
esteja dentro dos padrões tem que estar
sempre acima de 5mg/L.
Assim como enfatizado para o parâmetro
de condutividade elétrica, não tem limite
máximo no CONAMA (2005), entretanto na
CESTESB (2009), afirma que acima de 100
µS/cm representariam ambientes com alta
probabilidade de impactos de poluentes.
Com isso, todos os meses e pontos estão
dentro da normalidade é importante ressal-
tar que a alta condutividade elétrica mostra
que tem possíveis impactos no ambiente,
mas não dá um embasamento dos possí-
veis componentes que possam estar pre-
sentes nos rios, córregos ou lagos (Renova-
to, Sena E Silva 2013).
Os sólidos totais estão dentro dos limites
estabelecidos pela resolução em todos os
meses e pontos analisados. Outro fator a se
destacar, é que os sólidos totais possuem
capacidade de reter bactérias e diversos
resíduos que estimulam a decomposição
da matéria orgânica, a qual acarreta na di-
minuição do oxigênio dissolvido, assim, a
presença de altos níveis de sólidos totais
podem ser ocasionados de forma natural
por erosões, detritos orgânicos ou antropo-
génica, por lançamentos inadequados de
esgoto ou lixo.
Para os parâmetros de dureza, foi utilizada
a portaria do Ministério da Saúde 2.914 de
12 de dezembro de 2011 (Brasil, 2011) e
Resolução 396/2008 do CONAMA (Brasil,
2008), sendo que o valor estipulado é 500
mg/L. Os meses analisados estão dentro da
normalidade sendo que acima dessas con-
centrações estipuladas, a água pode ficar
com um gosto ruim, até mesmo causando
efeitos laxativos (Von Sperling, 1996).
Quanto à alcalinidade, não foi encontrado
nenhum parâmetro que limita o máximo ou
mínimo. Mas sabemos que a alcalinidade
está diretamente relacionada com o poten-
cial hidrogeniônico (pH) (Chapman e Kim-
stach, 1996). Águas que tem pH acima de
7 têm altas tendências alcalina, mas deve-
mos tomar muito cuidado, pois alcalinida-
de pode ser dividida em três tipos que são
encontrados na água; podendo estar nas
formas: hidróxidos (OH-), que pode ter uma
variação de pH acima 9,4, em carbonatos
(CO3-2) que varia entre 8,30 a 9,40 e bicar-
bonatos (HCO3-) que tem variação entre
4,40 a 8,30 (Veiga, 2005). Sendo assim, ao
analisarmos o pH das águas superficiais do
Rio Verde, nota-se que a maioria dos pontos
e meses analisados, estão na faixa cinco.
Portanto, a água tem presença de bicarbo-
nato e o mesmo é facilmente precipitado
em bicabornato de cálcio. E ao ingerir em
excesso o bicabornato de cálcio, pode cau-
sar diversos problemas para saúde, sendo
um deles; distúrbios renais (Stivanin, 2014),
entretanto, a alcalinidade encontrada variou
de 1,21 a 6,40 mg/L.
Para o parâmetro de cloretos, segundo a
resolução do CONAMA (2005), é permitido
somente 250 mg/L. Em nenhum dos pontos
ou meses analisados estão fora do padrão
os cloretos são oriundos da percolação da
água por meio de rochas, sendo os que
apresentam maior concentração cloretos
(Cl-) são os efluentes de curtumes, indús-
tria do petróleo. E nas águas superficiais,
está alta concentração se dá pelo despejo
inadequado de esgoto (Cetesb, 2009).
É importante citar que durante todo o perío-
do amostral o clima manteve-se estável na
região, sendo que apenas um dos meses
(Fevereiro), apresentou fortes chuvas no
entorno do córrego o que não interferiram
da Silva Gomes PE, Mota Viana JG, Martins Miranda WA, Rodrigues da Silva G, Rodrigues de Oliveira H.